Também a estimativa para 2014 é mais pessimista que a formulada por organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) que, tendo revisto as suas previsões em baixa (menos 0,6 pontos percentuais em Outubro em relação a Abril) aponta para um crescimento de 6,3%. A taxa de crescimento do PIB real previsto no OGE para 2014 é de 8,8%.
‘Após um período de rápido crescimento, a economia angola- na deverá passar por uma fase de expansão mais moderada marcada pela diversificação do sector produtivo e peça afirmação de umsector privado empresarial robusto’, considera o documento. O documento considera mesmo que Ángola se encontra ‘no vértice de uma nova era pois o sector petrolífero tenderá a gerar contributos incrementais decrescentes para o crescimento, à medida que se aproxima o limiar máximo da capacidade extractiva’. Daí que o gabinete de Estudos e Económico Financeiros do BPI infira que ‘os contributos dos diversos sectores de actividade, justificando a expectativa de vários organismos internacionais de que o ritmo de crescimento abrande para níveis em torno dos 5% - 6% nos próximos anos.
No entanto, de acordo com os analistas do BPI, a médio prazo o potencial de crescimento da economia nacional continua muito elevado, recordando alguns dos factores que para isso contribuem: a dimensão geográfica, as potencialidades minerais, hídricas e de exploração agrícola, a baixa densidade populacional e a composição etária da população. Sobre este último ponto o documento acentua que, ‘considerando a pirâmide etária actual (cerca de 60% da população tem menos de 25 anos) e o ritmo de crescimento demográfico, associados ao esforço de investimento em educação, conclui-se que o potencial de crescimento do capital humano é possivelmente o maior activo mas também o maior desafio para as autoridades governamentais. O documento acrescenta que ‘neste contexto, é urgente acelerar o processo de diversificação da economia, não só para reduzir o peso do sector petrolífero na estrutura produtiva do país, nas receitas orçamentais e nas exportações e desta forma reduzir a exposição a choques externos, mas também tendo como objectivo a criação de emprego’.
Fonte: Banco de Fomento Angola