Angola reduziu de 28 para 21 os departamentos ministeriais, fundiu institutos e direcções nacionais, cortou nos gastos considerados supérfluos de dirigentes, assegurou a distribuição gratuita de água, e simplificou as regras alfandegárias. Estas são algumas das medidas adotadas pelo Executivo Angolano para minimizar os efeitos da actual crise mundial provocada pela pandemia covid-19.
Foi igualmente autorizada a revisão do Orçamento Geral do Estado (OGE) para o presente ano, que será revisto com o preço do petróleo abaixo de 35 dólares e o preço do quilate de diamante nos 100,3 dólares.
Outras medidas para controlar as despesas adotadas pelo executivo angolano passam pelo congelamento das entradas de novos funcionários públicos, a redução das verbas gastas na frota do Estado, a isenção de cobrança de IVA e direitos aduaneiros para produtos e a proibição de exportações de equipamentos médicos.
Com os números de infeções a aumentarem no país, a grande franja da população justifica o não cumprimento da quarentena obrigatória imposta pelo atual estado de emergência, com a necessidade de trabalhar para continuar a colocar comida na mesa.
Nas últimas horas foram fechados dez mercados informais em Luanda, bem como armazéns e empresas impedidas de funcionar enquanto vigorar o estado de emergência.
O porta-voz da polícia Nacional Valdemar José diz que a policia continua a verificar muita resistência por parte de cidadãos e de comerciantes.
Estrangeiros que estejam em Angola com visto caducado terão o documento válido até 15 de maio, devido às medidas excecionais previstas no estado de emergência, afirmou o porta-voz do Ministério do Interior (MININT), Valdemar José.
Mais três mil barreiras policiais controlam quem pode ou não circular, apoiadas por patrulhamento aéreo em Luanda.
Angola declarou o estado de emergência para combater a pandemia de covid-19 às 00:00 do dia 20 de março, prolongando-se até às 23:59 do dia 11 de abril. As medidas incluem restrições à movimentação de pessoas e funcionamento de estabelecimentos comerciais.
IN EURONEWS 03 de Abril de 2020